Originário do Indo-Pacífico, o Peixe-leão é o nome popular dado ao gênero Pterois. A espécie se caracteriza pela presença de listras verticais brancas e vermelhas, além de raios prolongados em suas nadadeiras ventrais e laterais. Por mais exótica que seja a espécie, tornou-se uma preocupação para o litoral brasileiro, por ser considerada com uma espécie invasora e perigosa.
Vanessa Sardinha dos Santos, Bióloga do canal Brasilescola, cita que o peixe-leão é uma espécie mais ativa durante o amanhecer e ao anoitecer, podendo ser geralmente mais observados em recifes. Já durante o dia, ele permanece mais em repouso, se movendo lentamente sobre o substrato.
Imagem: Los Muertos Crew
Características do peixe-leão
Além das cores bem características que predominam suas nadadeiras, o peixe-leão ainda possui espinhos em sua volta. A Bióloga Vanessa destaca, que são 18 espinhos no total, que são venenosos e se entram em contato com corpo humano podem causar danos.
Alimentação do peixe-leão
Geralmente concentrados em regiões de recife ou em áreas do oceano que podem chegar a ter até 200 metros de profundidade, o peixe-leão possui como principal fonte de alimentação animais invertebrados, como peixes pequenos e camarões.
Para se alimentar, ele fica imóvel nos recifes de corais esperando pela presa, até o momento engolir sua vitima por meio de sucção. O ICMBio, destaca que a espécie pode comer cerca de 20 peixes a cada 30 minutos.
Reprodução
O peixe-leão é conhecido por ser uma espécie solitária, se juntando a outras indivíduos apenas para fazer sua reprodução.
No Brasil, ele é considerado um problema por conta do número alto de ovos que pode gerar. O ICMBios, cita que a espécie pode gerar cerca de 30.000 ovos a cada reprodução.
O novo invasor do litoral brasileiro
O biólogo Marcelo Soares, pesquisador do Labor da UFC, comenta que o peixe-leão é uma espécie invasora que chegou a pouco tempo na costa brasileira e que pode se espalhar por todo o litoral do país devido as suas características.
Através da plataforma de monitoramento organizada pelos pesquisadores do Labor, no momento a espécie está mais concentrada entre o Pernambuco e Alagoas. E, por mais que ainda não exista uma proibição legal quanto à espécie, a recomendação é de não consumir o peixe e evitar o manejo.
